Achei sensacional o desenho, Carlos. É uma volta amadurecida, como se as velhas influências de Miller, Pratt e Mazzucheli estivessem à flor da pele no momento dos traçados. A objetividade do traço só faz bem à história e é lindo de ver, como se nota no quadrinho das nuvens sobre o Guaíba. Excelente!
Li os comentários antes: parece que eu lia a trazeira de um livro, com aqueles comentários invejáveis (diálogos lembrando Hal Hartley!), mas não injustos. Parece que se pede de um desenho meditado exatamente o que ele tem para dar, o que ele faz chupando bala e cantando (aquela antiga história de dar na construção da narrativa, para o gasto do seus climas? talvez agora eu comece a entender...). Reciclar espantos, canalizar admirações, tecer interpretações? A viagem no tempo funciona mesmo, o bilhete desenhado sendo elaboração de estranhamento ou resposta, do autor ou parceiro. Sempre deu vontade de envolver punhados de episódios numa leitura só, parece que um álbum pode se construir, legal falares em "Centauros", que também me cai como uma produção marcante, desde o jogo com o grafismo, como "Caos", "Castigo", "Casa Elevada" ou "Bom Filho" (para não falar de "A Rotina na Terra das Risadas").
3 comentários:
Achei sensacional o desenho, Carlos. É uma volta amadurecida, como se as velhas influências de Miller, Pratt e Mazzucheli estivessem à flor da pele no momento dos traçados. A objetividade do traço só faz bem à história e é lindo de ver, como se nota no quadrinho das nuvens sobre o Guaíba. Excelente!
Adorei os cenários.
Os díalogos lembram um pouco Hal Hartley no início, a gente nunca sabe o que os personagens vão falar... :-)
Li os comentários antes: parece que eu lia a trazeira de um livro, com aqueles comentários invejáveis (diálogos lembrando Hal Hartley!), mas não injustos. Parece que se pede de um desenho meditado exatamente o que ele tem para dar, o que ele faz chupando bala e cantando (aquela antiga história de dar na construção da narrativa, para o gasto do seus climas? talvez agora eu comece a entender...). Reciclar espantos, canalizar admirações, tecer interpretações? A viagem no tempo funciona mesmo, o bilhete desenhado sendo elaboração de estranhamento ou resposta, do autor ou parceiro. Sempre deu vontade de envolver punhados de episódios numa leitura só, parece que um álbum pode se construir, legal falares em "Centauros", que também me cai como uma produção marcante, desde o jogo com o grafismo, como "Caos", "Castigo", "Casa Elevada" ou "Bom Filho" (para não falar de "A Rotina na Terra das Risadas").
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